terça-feira, 15 de abril de 2008

CHUVA ÁCIDA

A queima de carvão e de combustíveis fósseis e os poluentes industriais lançam dióxido de enxofre e de nitrogênio na atmosfera. Esses gases combinam-se com o hidrogênio presente na atmosfera sob a forma de vapor de água. Os resultados são as chuvas ácidas. As águas da chuva, assim como a geada, neve e neblina, ficam carregadas de ácido sulfúrico ou ácido nítrico. Ao caírem na superfície, alteram a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias alimentares, destroem florestas e lavouras, atacam estruturas metálicas, monumentos e edificações. O gás carbônico (CO2) expelido pela nossa respiração é consumido, em parte, pelos vegetais, plâncton e fitoplâncton e o restante permanece na atmosfera. Hoje em dia, a concentração de CO2 no ar atmosférico tem se tornado cada vez maior, devido ao grande aumento da queima de combustíveis contendo carbono na sua constituição. A queima do carbono pode ser representada pela equação:C + O2 ---> CO2. Tanto o gás carbônico como outros óxidos ácidos, por exemplo, SO2 e NOx, são encontrados na atmosfera e as suas quantidades crescentes são um fator de preocupação para os seres humanos, pois causam, entre outras coisas, as chuvas ácidas. O termo chuva ácida foi usado pela primeira vez por Robert Angus Smith, químico e climatologista inglês. Ele usou a expressão para descrever a precipitação ácida que ocorreu sobre a cidade de Manchester no início da Revolução Industrial. Com o desenvolvimento e avanço industrial, os problemas inerentes às chuvas ácidas têm se tornado cada vez mais sérios.Um dos problemas das chuvas ácidas é o fato destas poderem ser transportadas através de grandes distâncias, podendo vir a cair em locais onde não há queima de combustíveis. Como é formado a Chuva ácidaInicialmente, é preciso lembrar que a água da chuva já é naturalmente ácida. Devido à uma pequena quantidade de dióxido de carbono (CO2) dissolvido na atmosfera, a chuva torna-se ligeiramente ácida, atingindo um pH próximo a 5,6. Ela adquire assim um efeito corrosivo para a maioria dos metais, para o calcário e outras substâncias. Quando não é natural, a chuva ácida é provocada principalmente por fábricas e carros que queimam combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Desta poluição um pouco se precipita, depositando-se sobre o solo, árvores, monumentos, etc. Outra parte circula na atmosfera e se mistura com o vapor de água. Passa então a existir o risco da chuva ácida.Prejuízos e efeitos da chuva ácidaSegundo o Fundo Mundial para a Natureza, cerca de 35% dos ecossistemas europeus já estão seriamente alterados e cerca de 50% das florestas da Alemanha e da Holanda estão destruídas pela acidez da chuva. Na costa do Atlântico Norte, a água do mar está entre 10% e 30% mais ácida que nos últimos vinte anos. Nos EUA, onde as usinas termoelétricas são responsáveis por quase 65% do dióxido de enxofre lançado na atmosfera, o solo dos Montes Apalaches também está alterado: tem uma acidez dez vezes maior que a das áreas vizinhas, de menor altitude, e cem vezes maior que a das regiões onde não há esse tipo de poluição.

Monumentos históricos O fato de a chuva ser ácida traz certos efeitos, por exemplo, a erosão química de monumentos. Normalmente qualquer material exposto ao ambiente e sob a ação de chuvas, ventos, organismos vivos, etc sofre uma degradação denominada "intemperismo". Na construção de edifícios, pisos, monumentos, estátuas, etc, utilizam-se rochas, tais como os calcários e os mármores, que tem como componente químico principal o carbonato de cálcio (CaCO3), em geral sob a forma cristalina de um mineral chamado "calcita". Quando sujeito a ação das chuvas, esse material se desagrega, ocasionando a destruição ou danificação de fachadas de prédios, degraus de escadarias e pisos, além da perda do valor estético de monumentos, estátuas e similares. O processo de ataque da chuva ácida deriva da reação química entre o carbonato de cálcio e o ácido carbônico, levando a formação de bicarbonato de cálcio (Ca(HCO3)2) que é solúvel na água, ao passo que o carbonato não o é. também estão sendo corroídos: a Acrópole, em Atenas; o Coliseu, em Roma; o Taj Mahal, na Índia; as catedrais de Notre Dame, em Paris e de Colônia, na Alemanha. Em Cubatão, São Paulo, as chuvas ácidas contribuem para a destruição da Mata Atlântica e desabamentos de encostas. A usina termoelétrica de Candiota, em Bagé, no Rio Grande do Sul, provoca a formação de chuvas ácidas no Uruguai. Outro efeito das chuvas ácidas é a formação de cavernas Formação de cavernas - Em certas regiões, o sub-solo compõe-se de rochas calcárias, podendo ocorrer infiltrações da água das chuvas, que penetra nos corpos rochosos, causando a sua dissolução na forma de bicarbonato de cálcio. Ao se introduzir por juntas e poros dessas rochas, a água vai alargando os vazios, abrindo canais e, às vezes, cavando grandes espaços ocos (cavernas). Tais cavernas apersentam-se sob a forma de corredores e salões subterrâneos, alguns de grande extensão. No caso de o teto dessas cavernas desabar, há o afundamento do terreno sobrejacente e a formação de depressões afuniladas que são chamadas "dolinas". Eventualmente as depressões acumulam água, dando origem a lagoas mais ou menos circulares. Já os desabamentos em áreas habitadas provocam a destruição de edifícios de vias públicas, como já aconteceu, na década de 80, em cidade da Grande São Paulo.Nas cavernas calcárias, ocorre a infiltração das águas superficiais ou de lençóis de água subterrânea, carregadas de bicarbonato de cálcio, que afloram no teto, de onde gotejam. Tais gotas, ao serem expostas ao ar, perdem o gás carbônico dissolvido; assim, o bicarbonato de cálcio volta a forma de carbonato, que por ser insolúvel, precipita-se, formando cristais de calcita. No decorrer dos tempos, esses cristais fundem-se em grandes massas pendentes do teto das cavernas; trata-se das estalacitas, que assumem as mais variadas formas ( colunas, cortinas, tubas de órgão, figuras de animais, etc.). Por processo semelhante, as gotas de água carregadas de bicarbonato que caem no solo formam as estalagmitas. São essas formações que dão extraordinária beleza às grutas calcárias, transformando-as em atrações turísticas. Em condições especiais, os cristais de calcita precipitam-se dentro de poças d'água, originando espetaculares estruturas globulares chamadas "pérolas das cavernas". As águas de infiltração que geram as cavernas calcárias podem ser drenadas por cursos d'água subterrâneos, que eventualmente afloram nas proximidades dessas formações geológicas. É de se esperar que o interior das cavernas contenha ar com um alto teor de gás carbônico, que se acumula nas partes baixas (o CO2 é mais denso que o ar), especialmente junto ao solo. Esse fato representa um perigo para os exploradores de cavernas e, em alguns casos, chega a impedir a entrada de pequenos animais, que são sufocados por estarem com as narinas mergulhadas no gás carbônico acumulado próximo ao solo.Um exemplo desse tipo de fenômeno é a Gruta do Cão, localizada na Itália.Há cavernas calcárias em muitas regiões do Brasil, sendo mais famosas as da região da Lagoa Santa, em Minas Gerais: Lapinha, Maquiné, Lapa Nova, Lapa Vermelha e São João Del Rei (a Lagoa Santa, por sua vez, que tem forma circular, resultou do desabamento do teto de uma caverna, formando uma dolina que foi preenchida por águas subterrâneas). Também bastante conhecidas, as formações do Vale do Ribeira de Iguape, em São Paulo, constituem o maior conjunto de cavernas calcárias no país; entre elas destaca-se a Caverna do Diabo, ponto turístico da região. Existem cavernas deste tipo em outras regiões do Brasil, como a que abriga o Santuário do Bom Jesus da Lapa, na Bahia, e as do vale do Rio Salitre, no estado do Ceará. No âmbito mundial, as mais famosas são as enormes Cavernas de Carlsbad, localizadas no sudoeste do estado do Novo México, nos Estados Unidos.

PREJUÍZOS PARA O HOMEMSAÚDE - A chuva ácida libera metais tóxicos que estavam no solo. Esses metais podem alcançar rios e serem utilizados pelo homem causando sérios problemas de saúde.

PRÉDIOS, CASAS, ARQUITETURA - a chuva ácida também ajuda a corroer os materiais usados nas construções como casas, edifícios e arquitetura, destruindo represas, turbinas hidrelétricas, etc.

PREJUÍZOS PARA O MEIO AMBIENTELAGOS - os lagos podem ser os mais prejudicados com o efeito da chuva ácida, pois podem ficar totalmente acidificados, perdendo toda a sua vida.

DESMATAMENTOS - a chuva ácida faz clareiras, matando duas ou três árvores. Imagine uma floresta com muitas árvores utilizando mutuamente, agora duas árvores são atingidas pela chuva ácida e morrem, algum tempo após muitas plantas que se utilizavam da sombra destas árvores morrem e assim vão indo até formar uma clareira. Essas reações podem destruir florestas.

AGRICULTURA - a chuva ácida afeta as planações quase do mesmo jeito que das florestas, só que é destruída mais rápido já que as plantas são do mesmo tamanho, tendo assim mais áreas atingidas.

REGIÃO DA SERRA DO MARA - chuva ácida pode ocorrer nas áreas sob influência da poluição produzida pelas indústrias de Cubatão, próximo à Serra do Mar. Nesta região ocorre um fenômeno muito grave, a morte na floresta Atlântica que recobre a serra. As árvores de maior porte morrem devido à poluição.Os poluentes geram as chuvas ácidas, que causam a queda das folhas em algumas árvores. Abre-se uma clareira, e o Sol, antesbloqueado pela copa das árvores, agora incide diretamente sobre espécies mais sensíveis, matando-as. A destruição assume uma gravidade significativa por causa do papel que as árvores possuem. Elas fixam a camada de solo que reveste a Serra do Mar, impedindo o deslizamento desse terreno. A morte das árvores e o apodrecimento das raízes são prejudiciais ao ambiente da serra, pois podem causar em vários pontos verdadeiras avalanches de lama e pedras. Caso esse processo se torne freqüente, poderá causar entupimentos de rios (assoreamentos) e inundações.A chuva ácida no mundo Pode parecer que não, mas milhares de pessoas preocupam-se com o meio ambiente. Os dois países com maior interesse em acabar com a chuva ácida são a Grã-Bretanha e a Alemanha. A Alemanha mudou sua política repentinamente para garantir pouca poluição; já a Grã-Bretanha, que tem menos problemas, ainda quer um pouco mais de provasantes de atuar. Um outro país, os Estaods Unidos, acredita que sejam necessárias mais pesquisas e debates antes de uma ação prática.

CONSERVAR ENERGIA - Hoje em dia o carvão, o petróleo e o gás natural são utilizados para suprir 75% dos gastos com energia. Nós podemos cortar estes gastos pela metade e ter um alto nível de vida. Eis algumas sugestões para economizar energia: ·Transporte coletivo - diminuindo-se o número de carros a quantidade de poluentes também diminui;Utilização do metrô: por ser elétrico polui menos do que os carros;Utilizar fontes de energia menos poluentes: energia hidrelétrica, energia geotérmica, energia das marés, energia eólica (dos moinhos de vento), energia nuclear (embora cause preocupações para as pessoas, em relação à possíveis acidentes e para onde levar o lixo nuclear).

OUTRAS SOLUÇÕES - Purificação dos escapamentos dos veículos: utilizar gasolina sem chumbo e adaptar um conversor catalítico;Utilizar combustíveis com baixo teor de enxofre.

DST

Cancro Duro (Sífilis) Conceito - Doença infecto-contagiosa sistêmica (acomete todo o organismo), que evolui de forma crônica (lenta) e que tem períodos de acutização (manifesta-se agudamente) e períodos de latência (sem manifestações). Pode comprometer múltiplos órgãos (pele, olhos, ossos, sistema cardiovascular, sistema nervoso). De acordo com algumas características de sua evolução a sífilis divide-se em Primária, Secundária, Latente e Terciária ou Tardia. Quando transmitida da mãe para o feto é chamada de Sífilis Congênita.O importante a ser considerado aqui é a sua lesão primária, também chamada de cancro de inoculação (cancro duro), que é a porta de entrada do agente no organismo da pessoa.

Sífilis primária - Trata-se de uma lesão ulcerada (cancro) não dolorosa (ou pouco dolorosa), em geral única, com as bases endurecidas, lisas, brilhantes, com presença de secreção serosa (líquida, transparente) escassa e que pode ocorrer nos grandes lábios, vagina, clítoris, períneo e colo do útero na mulher e na glande e prepúcio no homem, mas que pode tambem ser encontrada nos dedos, lábios, mamilos e conjuntivas. O cancro usualmente desaparece em 3 a 4 semanas, sem deixar cicatrizes. Entre a segunda e quarta semanas do aparecimento do cancro, as reações sorológicas (exames realizados no sangue) para sífilis tornam-se positivas.

Sífilis Secundária - é caracterizada pela disseminação dos treponemas pelo organismo e ocorre de 4 a 8 semanas do aparecimento do cancro. As manifestações nesta fase são essencialmente dermatológicas e as reações sorológicas continuam positivas.

Sífilis Latente - nesta fase não existem manifestações visíveis mas as reações sorológicas continuam positivas. Sífilis Adquirida Tardia: a sífilis é considerada tardia após o primeiro ano de evolução em pacientes não tratados ou inadequadamente tratados. Apresentam-se após um período variável de latência sob a forma cutânea, óssea, cardiovascular, nervosa etc. As reações sorológicas continuam positivas também nesta fase.Sífilis Congênita - é devida a infecção do feto pelo Treponema por via transplacentária, a partir do quarto mes da gestação. As manifestações da doença, na maioria dos casos, estão presentes já nos primeiros dias de vida e podem assumir formas graves, inclusive podendo levar ao óbito da criança. Sinônimos Cancro duro, cancro sifilítico, Lues. Agente Treponema pallidum Complicações/Consequências Abôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Infecções peri e neonatal. Sífilis Congênita. Neurossífilis. Sífilis Cardiovascular. Transmissão Relação sexual (vaginal anal e oral), transfusão de sangue contaminado, transplacentária (a partir do quarto mês de gestação). Eventualmente através de fômites.Período de Incubação1 semana à 3 meses. Em geral de 1 a 3 semanas. Tratamento medicamentoso. Com cura completa, se tratada precoce e adequadamente. Prevenção Camisinha pode proteger da contaminação genital se a lesão estiver na área recoberta. Evitar contato sexual se detectar lesão genital no(a) parceiro(a).

Cancro MoleConceito - Ulceração (ferida) dolorosa, com a base mole, hiperemiada (avermelhada), com fundo purulento e de forma irregular que compromete principalmente a genitália externa mas pode comprometer também o ânus e mais raramente os lábios, a boca, língua e garganta. Estas feridas são muito contagiosas, auto-inoculáveis e portanto, frequentemente múltiplas. Em alguns pacientes, geralmente do sexo masculino, pode ocorrer infartamento ganglionar na região inguino-crural (inchação na virilha). Não é rara a associação do cancro mole e o cancro duro (sífilis primária). Sinônimos Cancróide, cancro venéreo simples,"cavalo" Agente Haemophilus ducreyi Complicações/Consequências não tem. Tratado adequadamente, tem cura completa.Transmissão relação sexual Período de Incubação2 à 5 dias Tratamento Antibiótico. Prevenção Camisinha. Higienização genital antes e após o relacionamento sexual. Escolha do(a) parceiro(a).

Candidíase Conceito candidíase, especialmente a candidíase vaginal, é uma das causas mais frequentes de infecção genital. Caracteriza-se por prurido (coceira), ardor, dispareunia (dor na relação sexual) e pela eliminação de um corrimento vaginal em grumos brancacentos, semelhante à nata do leite. Com frequência, a vulva e a vagina encontram-se edemaciadas (inchadas) e hiperemiadas (avermelhadas). As lesões podem estender-se pelo períneo, região perianal e inguinal (virilha). No homem apresenta-se com hiperemia da glande e prepúcio (balanopostite) e eventualmente por um leve edema e pela presença de pequenas lesões puntiformes (em forma de pontos), avermelhadas e pruriginosas. Na maioria das vezes não é uma doença de transmissão sexual. Em geral está relacionada com a diminuição da resistência do organismo da pessoa acometida. Existem fatores que predispõe ao aparecimento da infecção : diabetes melitus, gravidez, uso de contraceptivos (anticoncepcionais) orais, uso de antibióticos e medicamentos imunosupressivos (que diminuem as defesas imunitárias do organismo), obesidade, uso de roupas justas etc. Sinônimos Monilíase, Sapinho Agente candida albicans e outros. Complicações/Consequências são raras. Pode ocorrer disseminação sistêmica (especialmente em imunodeprimidos). Transmissão Ocorre transmissão pelo contato com secreções provenientes da boca, pele, vagina e dejetos de doentes ou portadores. A transmissão da mãe para o recém-nascido (transmissão vertical) pode ocorrer durante o parto.A infecção, em geral, é primária na mulher, isto é, desenvolve-se em razão de fatores locais ou gerais que diminuem sua resistência imunológica. Período de Incubação muito variável. Tratamento Medicamentos locais e/ou sistêmicos. Prevenção Higienização adequada. Evitar vestimentas muito justas. Investigar e tratar doença(s) predisponente(s). Camisinha.
Herpes Simples Genital - Conceito Infecção recorrente (vem, melhora e volta) causadas por um grupo de vírus que determinam lesões genitais vesiculares (em forma de pequenas bolhas) agrupadas que, em 4-5 dias, sofrem erosão (ferida) seguida de cicatrização espontânea do tecido afetado. As lesões com frequência são muito dolorosas e precedidas por eritema (vermelhidão) local. A primeira crise é, em geral, mais intensa e demorada que as subsequentes. O caráter recorrente da infecção é aleatório (não tem prazo certo) podendo ocorrer após semanas, meses ou até anos da crise anterior. As crises podem ser desencadeadas por fatores tais como stress emocional, exposição ao sol, febre, baixa da imunidade etc. A pessoa pode estar contaminada pelo virus e não apresentar ou nunca ter apresentado sintomas e, mesmo assim, transmití-lo a(ao) parceira(o) numa relação sexual. Sinônimos Herpes Genital Agente Virus do Herpes Genital ou Herpes Simples Genital ou HSV-2. É um DNA vírus.Observação: Outro tipo de Herpes Simples é o HSV-1, responsável pelo Herpes Labial. Tem ocorrido crescente infecção genital pelo HSV-1 e vice-versa, isto é, infecção labial pelo HSV-2, certamente em decorrência do aumento da prática do sexo oral ou oro-genital. Complicações/Consequências Abôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Infecções peri e neonatais. Vulvite. Vaginite. Cervicite. Ulcerações genitais. Proctite. Complicações neurológicas etc. Transmissão Frequentemente pela relação sexual. Da mãe doente para o recém-nascido na hora do parto. Período de Incubação1 a 26 dias. Indeterminado se se levar em conta a existência de portadores em estado de latência (sem manifestações) que podem, a qualquer momento, manifestar a doença. Tratamento Não existe ainda tratamento eficaz quanto a cura da doença. O tratamento tem por objetivo diminuir as manifestações da doença ou aumentar o intervalo entre as crises. Prevenção não está provado que a camisinha diminua a transmissibilidade da doença. Higienização genital antes e após o relacionamento sexual é recomendável. Escolha do(a) parceiro(a). Gonorréia.
Conceito Doença infecto - contagiosa que se caracteriza pela presença de abundante secreção purulenta (corrimento) pela uretra no homem e vagina e/ou uretra na mulher. Este quadro frequentemente é precedido por prurido (coceira) na uretra e disúria (ardência miccional). Em alguns casos podem ocorrer sintomas gerais, como a febre. Nas mulheres os sintomas são mais brandos ou podem estar ausentes (maioria dos casos). SinônimosUretrite Gonocócica, Blenorragia, Fogagem Agente Neisseria gonorrhoeae Complicações/Consequências Abôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Doença Inflamatória Pélvica. Infertilidade. Epididimite. Prostatite. Pielonefrite. Meningite. Miocardite. Gravidez ectópica. Septicemia, Infecção ocular (ver foto abaixo) , Pneumonia e Otite média do recém-nascido. Artrite aguda etc. Assim como a infecção por clamídia, é uma das principais causas infecciosas de infertilidade feminina. Transmissão Relação sexual. O risco de transmissão é superior a 90%, isto é, ao se ter um relacionamento sexual com um(a) parceiro(a) doente, o risco de contaminar-se é de cerca de 90%. O fato de não haver sintomas (caso da maioria das mulheres contaminadas), não afeta a transmissibilidade da doença. Período de Incubação 2 a 10 dias Tratamento Antibióticos. Prevenção Camisinha. Higiene pós-coito.Linfogranuloma VenéreoConceito - O Linfogranuloma venéreo caracteriza-se pelo aparecimento de uma lesão genital (lesão primária) que tem curta duração e que se apresenta como uma ulceração (ferida) ou como uma pápula (elevação da pele). Esta lesão é passageira (3 a 5 dias) e frequentemente não é identificada pelos pacientes, especialmente do sexo feminino. Após a cura desta lesão primária, em geral depois de duas a seis semanas, surge o bubão inguinal que é uma inchação dolorosa dos gânglios de uma das virilhas (70% das vezes é de um lado só). Se este bubão não for tratado adequadamente ele evolui para o rompimento expontâneo e formação de fístulas que drenam secreção purulenta. SinônimosDoença de Nicolas-Favre, Linfogranuloma Inguinal, Mula,Bubão. AgenteChlamydia trachomatis. Complicações/ConsequênciasElefantíase do pênis, escroto, vulva. Proctite (inflamação do reto) crônica. Estreitamento do reto. Transmissão Relação sexual é a via mais frequente de transmissão. O reto de pessoas cronicamente infectada é reservatório de infecção. Período de Incubação 7 a 60 dias. TratamentoSistêmico, através de antibióticos. Aspiração do bubão inguinal. Tratamento das fístulas Prevenção Camisinha. Higienização após o coito. Pediculose do PúbisConceito - Infestação da região pubiana causadas por um inseto do grupo dos piolhos e cuja única manifestação é o intenso prurido que causa. Por contiguidade pode acometer também os pelos da região do baixo abdome, ânus e coxas. Eventualmente acometem as sombrancelhas e cílios (por auto-inoculação). Os piolhos machos medem cerca de 1 milímetro e as femeas, maiores, 1,5 milímetros, sendo que seus ovos (lêndeas), medem em torno de 2 milímetros. O prurido (coceira) determinado pela parasitose é causado pela saliva do inseto, liberada ao sugar o sangue do hospedeiro. SinônimosFtiríase, Chato AgentePhtirus Pubis Transmissão Principalmente pelo contato sexual com pessoa infestada, podendo ocorrer também através do uso comum de vestimentas, toalhas, vasos sanitários etc.TratamentoLocal, com bons resultados. Prevenção Escolha do(a) parceiro(a). Cuidados com a higiene corporal.Granuloma InguinalConceito - Doença bacteriana de evolução crônica que se caracteriza pelo aparecimento de lesões granulomatosas (grânulos, caroços), ulceradas (feridas), indolores e auto-inoculáveis. Tais lesões localizam-se na região genital, perianal e inguinal, podendo, eventualmente, ocorrer em outras regiões do organismo, inclusive órgãos internos. SinônimosDanovanose, Granuloma Venéreo, Granuloma Tropical, Granuloma Contagioso, Úlcera Venérea Crônica, etc. Agente Donovania granulomatis (Calymmatobacterium granulomatis). Complicações/Consequências Deformidades genitais, elefantíase, tumores. Transmissão Usualmente pela relação sexual. Período de Incubação Variável. De 3 dias a 6 meses.Tratamento Sistêmico, através de antibióticos. Tratamento local, eventualmente cirúrgico. Prevenção Camisinha. Higienização após o coito.

Molusco Contagioso Conceito - Doença da pele que se caracteriza pela produção de pápulas (elevações da pele) umbelicadas (com uma depressão central), de cor que varia do branco peroláceo (translúcido) ao rosa, em geral com 2 a 6 milímetros de diâmetro e com base (local de implantação) levemente hiperemiada (avermelhada). São comumente múltiplas principalmente por serem auto-inoculáveis. As lesões são levemente pruriginosas (produzem coceira) e localizam-se em qualquer região da pele (face, tronco e áreas expostas das extremidades) e, mais raramente, nas mucosas. Podem ocorrer em qualquer idade mas são mais comuns em crianças de 0 a 12 anos. Sinônimos Molusco Agente Poxvírus Complicações/Consequências b) Doença de evolução benigna. Em geral há cura sem sequelas. Transmissão em Contato direto com pessoas infectadas. Também através de toalhas, vestimentas, piscinas etc. Em adolescentes e adultos a localização das lesões na região anogenital sugere transmissão sexual. Período de Incubação 2 semanas a 3 meses após a contaminação.Tratamento. O tratamento de escolha é a remoção das lesões por curetagem (realizada por médico). Também ocorre involução espontânea das lesões, sem deixar sequelas, após 6 meses a 2 anos do seu início. Prevenção Evitar contato físico com pessoas infectadas.

VÍRUS E BACTÉRIAS

Por existirem muitas divergências sobre se os vírus se enquadram ou não entre os seres vivos, estes "organismos" não estão inseridos em nenhum dos grandes reinos dos seres vivos, daí a necessidade de serem estudados à parte.Suas principais características são:- Não possui estruturas celulares (membrana plasmática, citoplasma, etc.)- São formados basicamente por uma cápsula protéica denominada capsômeros que contém em seu interior um só tipo de ácido nucléico: DNA ou RNA, nunca ambos. Alguns vírus mais complexos podem apresentar também lipídios e glicídios presos à cápsula. - É tão pequeno que podem penetrar no interior das células das menores bactérias que se conhecem, (100 a 1000 Å), portanto são visíveis somente ao M.E.- Só apresentam propriedades de vida quando estão no interio. 0s de células vivas. Por isso são considerados parasitas celulares obrigatórios.

Reprodução dos Vírus - Um dos vírus mais estudados é o bacteriófago ou fago, que ataca bactérias reproduzindo-se em seu interior. Estes vírus são inofensivos ao homem e a outros animais. A forma de reprodução dos vírus dentro de uma bactéria dá-se o nome de reprodução por montagem.Doenças Causadas por Vírus - Os vírus podem causar doenças em plantas e animais. As principais doenças causadas por vírus que atingem o homem são: Hidrofobia (Raiva): saliva introduzida pela mordida de animais infectados (o cão, por exemplo). Infecção: o vírus penetra pelo ferimento e instala-se no sistema nervoso.

Controle: vacinação de animais domésticos e aplicação de soro e vacina em pessoas mordidas.

Sintomas e características: febre, mal-estar, delírios, convulsões, paralisia dos músculos respiratórios (é doença mortal).Hepatite Infecciosa:
transmissão: gotículas de muco e saliva; contaminação fecal de água e objetos.

Infecção: o vírus instala-se no fígado onde se multiplica, destruindo células. Controle: injeção de gamaglobulina em pessoas que entram em contato com o doente; saneamento, cuidados com alimentos ingeridos. Sintomas e características: febre, anorexia, náuseas, mal-estar, icterícia (pode ser fatal).

Caxumba:
transmissão: contato direto; objetos contaminados; gotículas de saliva. Infecção: o vírus multiplica-se nas glândulas parótidas; eventualmente localiza-se em outros órgãos, como ovários e testículos.

Controle: vacinação.

Sintomas e características: parotidite (infecção das parótidas), com inchaço abaixo e em frente das orelhas (pode tornar a pessoa estéril se atingir os testículos ou os ovários).

Gripe:

transmissão: gotículas de secreção expelidas pelas vias respiratórias.

Infecção: o vírus penetra pela boca ou pelo nariz, localizando-se nas vias respiratórias superiores.

Controle: nenhum.

Sintomas e características: febre, prostração, dores de cabeça e musculares, obstrução nasal e tosse.Rubéola:
transmissão: gotículas de muco e saliva; contato direto. Infecção: o vírus penetra pelas vias respiratórias e se dissemina através do sangue.

Controle: aplicação de imunoglobulina (com efeito, protetor discutível). Sintomas e características: febre, prostração, erupções cutâneas (em embriões provoca a morte ou deficiências congênitas).

Varíola:

transmissão: gotículas de saliva; objetos contaminados e contato direto.

Infecção: o vírus penetra pelas mucosas das vias respiratórias e dissemina-se através do sangue; finalmente, atinge a pele e as mucosas, causando lesões.

Controle: vacinação.

Sintomas e características: febre alta e erupções cutâneas (geralmente deixando cicatrizes na pele; pode ser fatal).

Sarampo:
transmissão: contato direto e indireto com secreções nasofaríngeas da pessoa doente. Infecção: o vírus penetra pelas mucosas das vias respiratórias e dissemina-se através do sangue. Controle: vacinação. Sintomas e características: febre alta tosse, vermelhidão por todo o corpo (pode ser fatal em crianças).

Febre Amarela:
transmissão: Picada de mosquitos, entre os quais se destaca o Aedes aegypti. Infecção: o vírus penetra através da pele, dissemina-se pelo sangue e localiza-se no fígado, na medula óssea, no baço e em outros órgãos.

Controle: vacinação e combate aos mosquitos transmissores. Sintomas e características: febre alta, náuseas, vômitos, calafrios, prostração e pele amarelada (pode ser fatal).Poliomielite:
transmissão: alimento e objetos contaminados; secreções respiratórias.

Infecção: o vírus penetra pela boca, multiplica-se no intestino, dissemina-se pelo sangue e instala-se no sistema nervoso central, onde destrói os neurônios.

Controle: vacinação.

Sintomas e características: paralisia dos membros; em muitos casos ocorrem apenas febres baixas e indisposição, que logo desaparecem sem causar problemas (provoca deficiência física).

AIDS: (Síndrome da imunodeficiência Adquirida):
transmissão: sangue, esperma e muco vaginal contaminado. Infecção: o vírus penetra no organismo através de relações sexuais, uso de agulhas de injeção contaminadas ou transfusões de sangue infectado; ataca o sistema imunológico.

Controle: uso de preservativos (Camisinha-vénus) nas relações sexuais e de agulhas descartáveis ou esterilizadas; controle rigoroso, por parte dos bancos de sangue da qualidade do sangue doado; ainda não existem remédios ou vacinas eficazes contra a doença.

Sintomas e características: febre intermitente, diarréia, emagrecimento rápido, inflamação dos gânglios linfáticos, doenças do aparelho respiratório,

infecções variadas, câncer de pele (doença mortal em 100% dos casos).

Agentes Antivirais Licenciados Pela FDA (Food and Drogs Administration)

Bactérias - São unicelulares e estão entre os menores seres vivos conhecidos. Podem viver isolados ou formar colônias. Provavelmente são os organismos mais abundantes do planeta sendo encontrados em praticamente todos os ambientes. Quanto à nutrição, podem ser autótrofas ou heterótrofas. As autótrofas podem sintetizar seu próprio alimento através da fotossíntese ou da quimiossíntese. As heterótrofas podem ser saprófitas, simbióticas ou parasitas. Quanto à forma as bactérias podem ser classificadas: cocos, bacilos, espirilos e vibriões.

Cocos - bactérias de forma arredondada. Bacilos - bactérias alongadas em forma de bastonetes. Espirilos - são bactérias espiraladas.Vibriões - são bactérias em forma de vírgulas.Quanto a respiração elas podem ser aeróbias ou anaeróbias. A bactéria tem alto poder de reprodução. A principal forma de reprodução é a assexuada por divisão binária, bipartição ou cissiparidade. Neste caso um indivíduo se divide originando dois outros idênticos. As bactérias podem realizar também um processo semelhante a reprodução sexuada típica, chamado conjugação: duas bactérias se ligam através de pontes citoplasmáticas; ocorre então a transferência de DNA de uma bactéria para outra. Por este processo ocorrem recombinações gênicas. Algumas bactérias podem ser úteis ao homem e são utilizadas na agricultura, e na indústria (produção de iogurte, queijos, vinhos). Na indústria farmacêutica, bactérias do gênero Bacillus são utilizadas na produção de antibióticos. Outras bactérias são agentes causadores de diversas doenças em plantas e animais, inclusive no homem. São também muito importantes ao meio ambiente na decomposição de matéria orgânica, pois ingerem restos de animais e plantas.

Doenças Causadas por Bactérias

Tuberculose: é causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis, ataca geralmente os pulmões. Há tosse persistente, emagrecimento, febre, fadiga e, nos casos mais avançados, hemoptise. O tratamento é feito com antibióticos e as medidas preventivas incluem vacinação das crianças - a vacina é a BCG (Bacilo de Calmet-Guérin) - radiografias e melhorias dos padrões de vida das populações, mas pobres.Hanseníase (lepra): transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium lepra), causa lesões na pele, nas mucosas e nos nervos. O doente fica com falta de sensibilidade na pele. Quando o tratamento é feito a tempo, a recuperação é total.

Difteria (crupe): muitas vezes fatal, é causada pelo bacilo diftérico, atacando principalmente crianças. Produz uma membrana na garganta acompanhada de dor e febre, dificuldade de falar e engolir. O tratamento deve ser feito o mais rápido possível. A vacina antidiftérica está associada à antitetânica e a antipertussis (essa última com a coqueluche) na forma de vacina tríplice.

Coqueluche: doença típica de crianças produzindo uma tosse característica, causada pela bactéria Bordetella pertussis. O tratamento consiste em repouso, boa alimentação e, se o médico achar necessário, antibióticos e sedativos para a tosse.

Pneumonia bacteriana: embora algumas formas de pneumonia sejam causadas por vírus, a maioria é provocada pela bactéria Streptococcus pneumoniae, que ataca o pulmão. Começa com febre alta, dor no peito ou nas costas e tosse com expectoração. O médico deve ser chamado para iniciar o tratamento com antibióticos e o doente deve ficar em repouso.

Escarlatina: provocada pelo Streptococcus pyogenes. Causa dor de garganta, febre, dores musculares, náuseas e vômitos. As amígdalas ficam inflamadas, com pus, e a língua apresenta pequenas saliências ("língua de framboesa"). Depois disso surgem erupções na pele e manchas vermelho-escarlates. O médico deve ser consultado e o doente tem que ficar em repouso. De modo geral, a evolução é benigna, mas pode haver complicações causadas pela disseminação da infecção para outros órgãos do corpo.

Tétano: produzido pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani), pode penetrar no organismo por ferimentos na pele ou pelo cordão umbilical do recém-nascido quando este é cortado por instrumentos não esterilizados. Há dor de cabeça, febre e contrações musculares, provocando rigidez na nunca e mandíbula. Há casos de morte por asfixia. A vacinação e os cuidados médicos (é aplicado o soro antitetânico em caso de ferimento suspeito) são essenciais.

Leptospirose: causada pela Leptospira interrogans é transmitidos pela água, alimentos e objetos contaminados por urina de ratos, cães e outros animais portadores da bactéria. Há febre alta, calafrios, dores de cabeça e dores musculares e articulares. É necessário atendimento médico para evitar complicações renais e hepáticas.

Tracoma: inflamação da conjuntiva e da córnea que pode levar à cegueira, é causada pela Chlamydia trachomatis. Surgem bolhas nos olhos e granulações nas pálpebras. É necessário pronto atendimento médico. A prevenção inclui uma boa higiene pessoal e o tratamento é feito com sulfas e antibiótico.

Disenterias bacilares: constituem a principal causa de mortalidade infantil nos países subdesenvolvidos, onde as casses mais pobres vivem em péssimas condições sanitárias e de moradia. São doenças causadas por diversas bactérias, como a Shigella e a Salmonella, e pelos colibacilos patogênicos. Transmitidas pela ingestão de água e alimentos contaminados, exigem pronto atendimento médico. A profilaxia só pode ser feita através de medidas de saneamento e melhoria das condições socioeconômicas da população.

Gonorréia ou blenorragia: causada por uma bactéria, o gonococo (Neisseria gonorrhoeae), transmite-se por contato sexual. Provoca dor, ardência e pus urinar. O tratamento deve ser feito sob orientação médica, pois exige o emprego de antibióticos.

Sífilis: provocado pela bactéria Treponema pallidum é transmitida, geralmente, por contato sexual (pode passar também da mãe para o feto pela placenta). Um sinal característico da doença é o aparecimento, próximo aos órgãos sexuais, de uma ferida de bordas endurecidas, indolor (o "cancro duro"), que regride mesmo sem tratamento. Entretanto, essa regressão não significa que o indivíduo esteja curado, sendo absolutamente necessários diagnósticos e tratamento médico. Sem tratamento, a doença tem sérias conseqüências, atacando diversos órgãos do corpo, inclusive o sistema nervoso, e provocando paralisia progressiva e morte.

Meningite meningocócica: infecção das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula). Pode ser provocada por vírus, mas a forma mais comum de meningite é causada por uma bactéria - o meningococo. Os sintomas iniciais são febre alta, náuseas, vômitos e rigidez dos músculos da nuca. O doente não consegue encostar o queixo no peito e deve ser hospitalizado imediatamente, sendo submetido a tratamento por antibióticos, pois a doença pode ser fatal. Como é transmitida por espirro, tosse ou fala, é importante a notificação à escola caso uma criança a contraia.

Cólera: doença causada pela bactéria Vibrio cholerae (vibrião colérico), que se instala e se multiplica na parede do intestino delgado, produzindo substâncias tóxicas e provocando uma forte diarréia. As fezes são aquosas e esbranquiçadas (parecendo água de arroz), sem muco ou sangue. Ocorrem também cólicas abdominais dores no corpo, náuseas e vômitos. O grande perigo está na rápida desidratação provocada pela diarréia: o doente pode perder de um a dois litros de líquido por hora. Como conseqüência, o doente apresenta muita sede, cãibras, olhos encovados e pele seca, azulada e enrugada. Se o processo continuar, pode haver rápida insuficiência renal e morte em 24 horas ou menos. Por isso, é preciso procurar logo atendimento médico para que a perda de água seja controlada através de reidratação endovenosos com soro e antibióticos. Mais de 90% das pessoas que contraem a cólera permanecem assintomáticos, isto é, não chegam a adoecer, podendo sofrer apenas uma diarréia branda (embora possam transmitir a doença por mais de trinta dias). A doença é contraída através da ingestão de água ou alimentos contaminados, crus ou mal cozida (a bactéria morre em água fervida e em alimentos cozidos). Embora haja vacinas contra a cólera, sua eficácia é apenas parcial (em geral, cerca de 50%) e dura poucos meses. Por isso, a doença somente pode ser erradicada através de medidas de higiene e saneamento básico.

Febre tifóide: causada pela Salmonella typhi provoca úlceras no intestino, diarréia, cólica e febre. O tratamento é feito com antibióticos. A prevenção inclui vacinas e melhoria das condições sanitárias da população. Os Vírus Emergentes Febre alta, dores no corpo, vômito, diarréia e hemorragias generalizadas nos órgãos e na pele, que se rasga e se solta dos ossos, com o sangue saindo por todos os poros do corpo. Em cerca de dez horas a pessoa morre: são os sintomas da febre hemorrágica, causada pelo vírus Ebola. Esse vírus apareceu pela primeira vez em 1967, quando matou algumas pessoas na cidade alemã de Marburgo. Voltou a aparecer em 1976, no Sudão e no Zaire (às margens do rio Ebola, de onde se originou o nome do vírus), matando centenas de pessoas e, novamente no Zaire, em 1995, dizimando cerca de cem pessoas. O vírus é transmitido de pessoa contaminada para outra pelo contato direto com sangue, suor, saliva, sêmen. Mata 90% das vítimas, destruindo seus vasos sangüíneos. Não há tratamento específico, mas se as vítimas forem isoladas e mantidas em condições higiênicas adequadas, a epidemia pode ser controlada. O Ebola faz parte de um grupo de vírus que circulam há muito tempo em animais que vivem em áreas não habitadas pelo homem ou em populações humanas isoladas (no caso do Ebola, o reservatório, isto é, o animal que abriga o vírus, parece ser uma espécie de macaco). Com a chegada do homem nesses ambientes, o vírus começa a se espalhar na população humana. Por isso, esses vírus são chamados "vírus emergentes", já que saem ou emergem de seu hábitat natural. No Brasil encontramos: o Rocio, descoberto em 1975, na localidade de mesmo nome no sul do estado de São Paulo, que provoca hemorragias e lesões neurológicas; o hantavírus Juquitiba, identificado em 1993, em Juquitiba, São Paulo, causador de problemas respiratórios; o Sabiá, descoberto no condomínio Jardim Sabiá, no município paulista de Cotia, e que, como o Ebola, provoca febre hemorrágica.

CLONAGEM

Técnica da clonagem, animais clonados, telômero, o caso Dolly, engenharia genética, clone, celulas-tronco Dolly: primeira experiência de clonagem .O que é clonagemPodemos definir a clonagem como um método científico artificial de reprodução que utiliza células somáticas (aquelas que formam órgãos, pele e ossos) no lugar do óvulo e do espermatozóide. Vale lembrar que é um método artificial, pois, como sabemos, na natureza, os seres vivos se reproduzem através de células sexuais e não por células somáticas. As exceções deste tipo de reprodução são os vírus, as bactérias e diversos seres unicelulares.A primeira experiência com clonagem de animais ocorreu no ano de 1996, na Escócia, no Instituto de Embriologia Roslin. O embriologista responsável foi o doutor Ian Wilmut. Ele conseguiu clonar uma ovelha, batizada de Dolly. Após esta experiência, vários animais foram clonados, como por exemplo, bois, cavalos, ratos e porcos. Clonagem de seres humanosEmbora as técnicas de clonagem terem avançado nos últimos anos, a clonagem de seres humanos ainda está muito longe de acontecer. Além de alguns limites científicos, a questão ética e religiosa tem se tornado um anteparo para estas pesquisas com seres humanos. De um lado, as religiões, principalmente cristãs, colocam-se radicalmente contra qualquer experiência neste sentido. Por outro lado, governos de vários países proíbem por considerar um desrespeito a ética do ser humano.A técnica da clonagemA clonagem ainda não foi entendida por completo pelos médicos e cientista, no que se refere aos conhecimentos teóricos. Na teoria seria impossível fazer células somáticas atuarem como sexuais, pois nas somáticas quase todos os genes estão desligados. Mas, a ovelha Dolly, foi gerada de células somáticas mamárias retiradas de um animal adulto. A parte nuclear das células, onde encontramos genes, foram armazenadas. Na fase seguinte, os núcleos das células somáticas foram introduzidos dentro dos óvulos de uma outra ovelha, de onde haviam sido retirados os núcleos. Desta forma, formaram-se células artificiais. Através de um choque elétrico, as células foram estimuladas, após um estado em que ficaram "dormindo". Os genes passaram a agir novamente e formaram novos embriões, que introduzidos no útero de uma ovelha acabou por gerar a ovelha Dolly.A ovelha Dolly morreu alguns anos depois da experiência e apresentou características de envelhecimento precoce. O telômero (parte do cromossomo responsável pela divisão celular) pode ter sido a causa do envelhecimento precoce do animal. Por isso, o telômero tem sido alvo de pesquisas no mundo científico. Os dados estão sendo até hoje analisados, com o objetivo de se identificar os problemas ocorridos no processo de clonagem.A embriologia e a engenharia genética tem feito pesquisas também com celulas-tronco e na produção de órgãos animais através de métodos parecidos com a clonagem.

CELULAS-TRONCO

Que são células-troncas?
Células-tronco - são células mestras que têm a capacidade de se transformar em outros tipos de células, incluindo as do cérebro, coração, ossos, músculos e pele.O que são células-tronco embrionárias?Células-troncas embrionárias são aquelas encontradas em embriões. Essas células têm a capacidade de se transformar em praticamente qualquer célula do corpo. São chamadas pluripotentes. É essa capacidade que permite que um embrião se transforme em um corpo totalmente formado. Cerca de cinco dias após a fertilização, o embrião humano se torna um blastocisto-uma esfera com aproximadamente 100 células. As encontradas em sua camada externa vão formar a placenta e outros órgãos necessários ao desenvolvimento fetal do útero. Já as existentes em seu interior formam quase todos os tecidos do corpo. Estas são as células-troncas de embriões usadas nas pesquisas.
O que são células-troncas adultas?
Esse nome é um erro, porque são encontradas em tecidos maduros, no corpo de crianças e adultos. As células-tronco de adultos são mais especializadas que as embrionárias e dão origem a tipos específicos de células. São chamadas multipotentes. Algumas pesquisas sugerem que as células-tronco adultas podem se transformar em tipos muito mais variados de células do que se supunha anteriormente.
Qual a fonte de células-tronco embrionárias?
O cientista geralmente obtém essas células de embriões descartados em clínicas de fertilidade. Os embriões criados pelo espermatozóide e óvulo de um casal -- e que não são implantados no útero nem destruídos pela clínica -- podem servir como fontes de células-tronco.Quais os possíveis usos médicos das células-tronco?As qualidades de transformação das células-tronco podem representar tratamentos para muitas doenças que afetam milhões de pessoas no mundo. Por exemplo, uma injeção de células-tronco no cérebro de um portador de mal de Parkinson pode regenerar as funções dos neurônios do paciente e levar à cura. Outras terapias podem incluir diabete, mal de Alzheimer, derrames, enfartes, doenças sanguíneas ou na espinha e câncer.
Que outros usos médicos são possíveis?
Com o uso dessas células, os cientistas poderiam testar os efeitos terapêuticos e colaterais de drogas em tecidos humanos, sem ter a necessidade de utilizar animais. As células-tronco poderão também ser usada no tratamento de problemas genéticos.
As células-tronco de embriões são melhores que as adultas?
se sabe por enquanto. Apesar de poder crescer em quantidade ilimitada em laboratório, as células embrionárias podem ser rejeitadas pelo sistema imunológico do paciente quando transplantadas, podendo inclusive gerar tumores. Como as células-tronco adultas oferecem a possibilidade de ser retirada do próprio paciente, evita-se o risco de rejeição. No entanto, ainda há dúvidas sobre sua capacidade de transformação em outras células. Além disso, sua produção em laboratório na quantidade necessária é mais difícil.Células-troncoEstou concentrada no trabalho, sem tempo para pensar, mas faço questão de registrar aqui a aprovação pela Câmara de Deputados do Projeto de Lei da Biossegurança que 'cria normas de segurança e mecanismos de fiscalização em todas as atividades relacionadas aos Organismos Geneticamente Modificados (OGM), além de permitir pesquisas com células-troncas humanas'. É uma questão estratégica e polêmica e que está na ordem do dia de nações que desenvolvem pesquisas genéticas. Polêmica, porque as experiências utilizam células-troncas de embriões humanos; nesse particular, pelo menos a Igreja Católica é radicalmente contra, porque acredita que embriões são vidas - que estão sendo descartadas para salvar outras vidas. Estou dividida. O assunto é sério, e não tenho opinião formada. Mas, a sociedade precisa acompanhar, e os especialistas e legisladores devem ouvir a sociedade, sobre o que pensa dos rumos que a engenharia genética está tomando. É certo que deputados e senadores são representantes do povo, mas desde que são representados por um tal de Severino Cavalcanti, precisamos estar muito mais vigilantes sobre as leis que estão votando.Vale lembrar que as células-troncas embrionárias são muito mais eficientes para a pesquisa do que as presentes no cordão umbilical, e representam um grande avanço no tratamento de doenças como Parkinson ou Alzheimer. O povo deve deixar de ter aquela mentalidade medieval, envolta em trevas, que a Igreja Católica alardeia como se fosse verdade absoluta! Se levássemos em consideração o pensamento católico, estaríamos até hoje afirmando que o Sol gira em torno da Terra! Sou apaixonada por esse ramo da ciência, e defendo com unhas e dentes os avanços nessa área.A questão das células-troncoCélulas-tronco são células que possuem a capacidade de se transformar em qualquer tipo de tecido, encontradas em pequena quantidade em vários tecidos humanos, no cordão umbilical e na placenta; mas também em embriões nas fases iniciais de divisão celular. Atualmente, são as grandes promessas da ciência; pois estas células poderiam ser usadas para o tratamento de pessoas com patologias neurológicas e musculares.O problema é que as células do cordão umbilical, da placenta e de outras partes do corpo têm uma menor capacidade de diferenciação. Portanto, é necessário utilizar principalmente as células embrionárias. Estas células seriam conseguidas em clínicas de fertilização; pois atualmente, após três anos de congelamento dos embriões, estes são “descartados”, ou em linguagem corriqueira: jogados no lixo.Se parece óbvio que “é destino mais nobre” para os embriões salvarem vidas, não é assim que pensa grande maioria da Igreja Católica e dos evangélicos. Para eles, o embrião já é um ser vivo e, portanto, não poderia ser utilizado para pesquisas científicas. Como se o outro destino não fosse a lata do lixo. Por isso, o projeto de lei que regulamenta a questão das células troco, a Lei de Biossegurança está sofrendo fortes ataques. Mesmo tendo sido aprovada pelo Senado, a Lei de Biossegurança ainda precisa ser aprovada pela Câmara Federal, que sofre muitas influências de setores religiosos da sociedade. Só para citar um exemplo da oposição organizada ao projeto de lei, temos o caso de um grupo de parlamentares, entre eles os deputados Osmânio Pereira (PSDB-MG) e Adelor Vieira (PMDB-SC), acompanhados por líderes religiosos de diversas religiões, que entregaram ao presidente João Paulo Cunha um abaixo-assinado com cerca de 150 mil assinaturas contra a aprovação da Lei de Biossegurança (PL 2401/03), que prevê a liberação do uso de células-tronco. Se os religiosos estão se organizando pela causa deles, nós também não podemos ficar de braços cruzados. É preciso fazer atos públicos, abaixo-assinados e todas as formas de manifestações para esclarecer a sociedade civil e pressionar a Câmara para liberar a utilização de células-tronco. Células-tronco da medula espinhalNo embrião em desenvolvimento, as células-tronco podem se diferenciar em tipos de tecidos especializados. Em organismos adultos, as células-tronco e as células progenitores atuam como um sistema de reparo para o corpo, tornando a repovoá-lo de células especializadas. Como as células-tronco podem rapidamente crescer e se transformar em células especializadas com características consistentes com células de vários tecidos, como músculos ou nervos, seu uso nas terapias médicas tem sido proposto. Em particular, as linhagens de células-tronco embrionárias, as células-tronco embrionárias originárias de clonagem terapêutica e células-tronco adultas do cordão umbilical ou da medula óssea são candidatas promissoras.
POTENCIAISO potencial das células-tronco especifica a sua capacidade de diferenciação (de se transformar em tipos diferentes de células)-- Células-tronco totipotentes -- produzidas da fusão de um óvulo e um espermatozóide. São um produto das primeiras divisões do óvulo fertilizado. Essas células podem se diferenciar em células embriônicas e extraembriônicas.
Células-tronco pluripotentes - descendentes das células totipotentes, podem se diferenciar em células derivadas de três camadas de germes.
Células-tronco multipotentes - essas estruturas podem produzir apenas células de uma família restrita de células (por exemplo, as células-tronco hematopoiéticas se diferenciam em glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas etc.
Células-tronco unipotentes -- as células podem produzir apenas um tipo celular, mas têm propriedades de auto renovação.
CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIASAS - células-tronco-embrionárias (ES, pela sigla em inglês) são culturas de células derivadas do tecido do epiblasto da massa interior da célula de um blastócito. Um blastócito é um embrião em seu estágio inicial -- aproximadamente 4 a 5 dias depois da fecundação, consistindo em de 50 a 150 células. As ES são pluripotentes e podem se desenvolver em mais de 200 tipos de células do corpo adulto, quando recebem o estímulo necessário. Elas não contribuem com as membranas extraembriônicas ou a placenta. Quando não recebem estímulo para a diferenciação, continuam se dividindo em cultura e cada célula produzida permanecerá pluripotente. Já se passaram 20 anos de pesquisas e não há tratamento aprovado ou testes em humanos para células-tronco embrionárias.
CÉLULAS-TRONCO ADULTASAS- células-tronco adultas são células indiferenciadas encontradas no corpo e que se dividem para repovoar células moribundas e regenerar tecidos danificados. Também conhecidas como somáticas, podem ser colhidas em crianças e em adultos. Uma grande vantagem da pesquisa com células-tronco adultas é a capacidade que elas têm de se dividir ou se auto renovar indefinidamente, além de seu potencial de diferenciação. Enquanto o potencial com células-tronco embrionárias permanece teórico, o tratamento com células-tronco adultas já é usado com sucesso para tratar muitas doenças. O uso de células-tronco em pesquisas e terapia não é controverso como o das células-tronco embrionárias, pois a produção dessas estruturas adultas não demanda a destruição do embrião. Importantes avanços têm sido feitos nos tratamentos do mal de Parkinson, debates juvenis e lesões na medula.
DEPOIMENTOS DE VÁRIAS PESSOAS-Portadora de Lúpus (Valquíria Vicente)Há exatos dois anos e 10 meses fui diagnosticada como portadora de uma doença auto-imune, progressiva e degenerativa chamada lúpus eritematoso sistêmico ( LES). Como muitas outras doenças que envolvem o sistema imunológico, ela NÃO TEM CURA. Ao saber da notícia fiquei arrasada. Na época, eu era estudante de biologia e já sabia da gravidade e das limitações que a doença me traria.Durante um tempo fique estático. Decidi viver um dia de cada vez, pois sabia que o amanhã poderia não existir. Isso até o dia em que assisti a uma reportagem no Globo Repórter sobre células-tronco. Ela me fez ter esperança. Lá estava o depoimento de um rapaz com lúpus que se submeteu ao tratamento com células-tronco adultas e obteve ótimos resultados. Melhor ainda: no Brasil. Sou totalmente a favor das pesquisas com células-tronco embrionárias. Aliás, escolhi esse tema para apresentar no final do meu curso. Creio que devemos lutar por isso, pois a sensação de saber que temos uma chance de cura traz alívio aos nossos corações.Que os embriões que serão descartados possam servir como meios de salvarem outras vidas. E que, se a cura não der tempo de chegar a mim, que possa vir para as próximas gerações...Portadora de distrofia muscular (Helena Marcelino)Eu sou a Helena, portadora de distrofia muscular. Não sei qual o tipo de distrofia. Só sei que ando com dificuldade. Faço fisioterapia e, ultimamente, estou caminhando com a ajuda de um andador, pois caí e quebrei o fêmur. Aí tudo complicou. Tenho a distrofia desde meus 20 anos, hoje tenho 49 anos. Agora eu estou ficando sem os movimentos das pernas e dos braços, que estão endurecendo. Na minha família somos oito irmãos, mas só eu e minha irmã somos portadoras. Meus pais e avós não tinham a doença. Eu já fui a vários neurologistas e todos dizem a mesma coisa: não há tratamento. Mas eu espero que o amanhã chegará e, junto a ele, virá a cura. Quem sabe ela venha com as células-tronco...